Os robôs e a automatização do trabalho levantam questionamentos acerca do espaço e oportunidades para seres humanos no mercado de trabalho. Há mais de um século que o futuro da robotização e a relação das máquinas com os seres humanos são tópicos de discussão e especulação. Há pouco tempo, um estudo internacional realizado pela empresa de consultoria empresarial McKinsey Global indicou que as máquinas fundamentadas em Inteligência Artificial (AI) estão progressivamente substituindo funcionários humanos.
Mas será que isso é verdade? Será que, por conta da automatização de tarefas, a força de trabalho humana perderá o valor? Bem, esses questionamentos não estão fora da realidade, porém, devemos pensar em que tipo de trabalho que pode ser substituído. Na verdade, os líderes precisam pensar e se posicionar em relação à qualificação de seus funcionários para que isso não aconteça.
Infelizmente, muitos acreditam que o lucro obtido com a força de trabalho digital vem da possibilidade de dispensar um humano de seu posto de trabalho e colocar um robô. Porém estudos apontam que o lucro vem, na verdade, da melhoria da qualidade e velocidade dos trabalhos obtidas com a união dos dois grupos.
Antes de falarmos mais sobre isso destacamos que, quando falamos em robotização, não estamos falando apenas de robôs. Trata-se da automação de processos e de hiperautomação, que de acordo com o Gartner, é uma abordagem que viabiliza às empresas identificar, analisar e automatizar o máximo de processos possíveis fazendo uso da RPA e da Inteligência Artificial (AI), como também das Plataformas de Aplicativos de Low Code (LCAP) e dos assistentes virtuais.
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Quais espaços os robôs podem dominar
Um estudo global da PwC apontou que mais de 40% das atividades profissionais realizadas por humanos poderiam ser automatizadas. Existem muitos problemas regionais que as empresas multinacionais não conseguem atender e que podem ser resolvidos com o RPA e com a hiperautomação, por exemplo. Já que além de viabilizar uma perspectiva holística por possibilitar a visão de ponta a ponta dos processos, sempre será uma solução mais rápida, que entrega um ROI melhor e um prazo menor.
Além disso, a automação e hiperautomação liberaram profissionais de tarefas repetitivas e burocráticas para exercerem atividades inovadoras, criativas e estratégicas, a robotização também será responsável por trazer pessoas que estavam desempregadas para uma nova oportunidade de ofício. Aliás, é possível treinar pessoas para robotizar processos. Os profissionais deixam de ser indivíduos que efetuam processos manualmente para ser pessoas que constroem as automações. E isto, é um ponto importante, pois começamos a perceber que, com capacitação, empregos não serão tomados.
O que esperar do futuro?
A robotização do trabalho pode ser usada para trazer mais qualidade e criatividade ao ambiente de trabalho, já que seres humanos teriam a oportunidade de trabalhar mais com a inovação. Em vez de ter que abrir, entrar e sair de dezenas de aplicativos e sistemas corporativos todos os dias, seus funcionários podem usar uma única janela e uma linguagem simples para pedir a um robô que faça isso por eles.
Assim, o cenário é: as empresas precisam se transformar, se automatizar e, muito provavelmente, nenhum ERP vai conseguir resolver todos os problemas que as companhias têm. Portanto, o futuro da robotização consiste em empresas que combinarão tecnologias Core, ERP, CRM, plataformas de e-commerce, plataformas de pagamento, WMS, de logística, entre outras. Além disso, as empresas que desejam ser bem-sucedidas devem capacitar seus funcionários, dando espaço para que eles exerçam novas funções, de acordo com as novas demandas que irão surgir.
Fonte: Jornal Empresas e Negócios e UiPath
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